Se não tem cadeira, a festa rola no chão, com tequila, limão, sal e pimentas....


Tostadas de tinga, mole da casa, ceviche a ''la mexicana", guacamole, nachos, tortillas, sal – tequila- limão, marguerita, mojito, bolo de chocolate especial...

Tudo isso numa festa sem cadeira, música "no-pop", amigos de diversas áreas de trabalho e comportamento, resultando num animado trânsito de assuntos e risadas.

Ao observar a possibilidade de conhecer um novo pensamento descobrimos sentimentos antes misteriosos ou desconhecidos, com isso o nosso comportamento passa a ser mutante e nos transformamos quase que por osmose da informação, numa nova peça do xadrez. O raciocínio lógico e ponderar a antonímia do comum são tarefas necessárias para convivermos com a nova visão do ato de viver e por isso ocorre à evolução, ou será involução?

Complicado analisar essa batalha natural, porém tudo fica mais fácil quando assumimos a felicidade dos momentos, dos breves presentes do tempo, que qualifica a nossa felicidade. E para fechar tal obra, apenas arte, arte da dança, da saúde, da administração, da relação do pensamento humano com a certeza da natureza e a arte gastronômica.

Para fluir o assunto, shots de marguerita: 50ml tequila, 10ml Cointreau, ½ limão, gelo e sacudir até a coqueteleira ficar super gelada, o que deixará o drink com um tom branco perolizado. Para servir, basta passar na borda dos shots uma fina linha de limão e depois passar num prato com sal, bater para retirar o excesso de sal e com cuidado acrescentar a marguerita.

Outro shot que refrescou muito bem a noite foi o shot de mojito: algumas folhas de hortelã, açúcar, macerar, 50ml de rum prata e completa (30ml) com água com gás ou tônica soda.

A tequila foi o aperitivo da noite, o melhor o arroz da festa, rodando pelos lábios e vontades dos convidados.

Quanto as Tostadas de tinga, Mole da casa, Ceviche, Guacamole, Nachos, Tortillas e o bolo de chocolate, são receitas tradicionais que com muita pesquisa consegui deixar os ingredientes da "Tex-food" e mergulhar de fato no sabor mexicano.


Tostadas de tinga (por Lourdes Hernández – Restaurante La Mexicana – São Paulo/SP)
Tinga

1 kg de carne (acém) de boa qualidade.
Água para cozinhar a carne
1 cebola com 4 cravos
¼ cabeça de alho, cortada ao meio
¼ galho de tomilho
½ galho de manjerona
Sal. q.b

Molho

100ml de azeite
3 dentes de alho, brunoise
2 cebolas em julienne
6 tomates grandes.
5 a 7 chiles chipotles em tiras
Sal. q.b

Finalização

q.b de tostadas
q.b de espuma de creme azedo
½ avocato (uma variedade de abacate menor que o abacate comum no Brasil, tendo 60% menos de água)

Preparo

Tinga/molho: cozinhe a carne em água, na panela de pressão com todos os ingredientes por cerca de 30 minutos. Após desfie a carne. Leve o tomate a chama deixe que a casca se separe da polpa, assim além da retirada da casca que é de difícil digestão o fruto irá adquirir um leve sabor de defumado, após retire as sementes e corte em jardiniére. Separadamente aqueça o azeite e refogue na seqüência o alho, cebola e o tomate. Acrescente a carne desfiada e os chipotles, tempere com sal e deixe o molho reduzir.

Montagem: Coloque sobre cada tostada uma fatia fina de abacate, uma porção de tinga e um pouco do molho. Finalize com a espuma de creme azedo e por fim finalize com salsinha finamente cortada.


Ceviche: Antes quero explicar que o ceviche não é uma preparação exclusivamente mexicana, porém muito consumida, e se alguns filés ainda frescos de linguado estão na geladeira e impossibilitados de congelamento, porque não transformá-los e editar o ceviche, numa receita com ingredientes comum no México. E a título de curiosidade existe na região o Pibil que é uma técnica ancestral de marinar carnes e peixes em pasta à base de urucum e laranja ácida. Então segue a criação de última hora.

Ceviche a "La Mexicana" (por Vinicius F. Fracassio)

1 limão e ½.
50ml tequila
10ml azeite
q.b cebola roxa marinada
Pimenta dedo de moça
q.b coentro
5 filés de linguado, frescos e limpos.
q.b de Avocato
sal

Preparo

Misture o suco do limão, azeite e a tequila, tempere com sal e deixe a cebola roxa cortada em brunoise marinando por 15 minutos.

Retire a semente da pimenta dedo de moça e cinzele em brunoise. Faça o mesmo com o coentro e adicione a marinada.

Com files de linguado frescos e resfriados, corte em macédoine, assim como o avocato. E disponha ambos num bowl de inox, despejando a marinada sobre eles.

Aguarde poucos minutos e sirva em taças acompanhadas de nachos.


Guacamole


2 Avocato
½ Cebola roxa
1 Tomate
1 Pimenta dedo de moça
q.b Limão
q.b Sal
q.b Coentro

Preparo

Mais simples impossível! Retire a polpa do abacate, coloque num bowl de inox junto com o suco de ½ limão e amasse até conseguir um creme levemente espesso - particularmente eu gosto de um guacamole com alguns pequenos pedaços do abacate – Acrescente a cebola roxa cortada em brunoise, o tomate sem pele e cortado em brunoise, a pimenta dedo de moça cinzelada em brunoise. Misture tudo e tempere com sal, finalizando com uma porção de coentro finamente picado. Sirva com nachos e ou tostadas.



Agora, quanto ao mole da casa e o bolo de chocolate, vou manter as receitas no meu arquivo, hihihihi!!!! Até porque, o mole que é um molho picante (salsas) usado para agregar valor, sabor, aroma, ou melhor, enriquecer qualquer prato e por isso motivo de orgulho e tradição para a família mexicana que guarda a sete chaves a sua receita. O mais sofisticado e conhecido é o Mole negro, entre seus ingredientes estão vários tipos de pimentas, amêndoas, nozes, semente de abóbora, gergelim, amendoim, banana-da-terra, ervas, folhas de abacate, pão tortillas, chocolate, açúcar, sal e banha, ufa.... Merece ser arquivada né? O mesmo vale para o bolo de chocolate que após a necessidade que uma amiga teve de gritar, qualifiquei como o meu melhor bolo de chocolate.


Música: Guitarra y Vos – Jorge Drexler